quinta-feira, 3 de julho de 2008

Paradoxo da juventude

É cada vez mais frequente o número de vezes que nós, jovens, trocamos de namoradas e namorados. Com a chegada do orkut, isso ficou bem claro pra quem olha esse tipo de coisa.

Acontece que semanal ou mensalmente, você entra no perfil de uma pessoa que, há um mês ou uma semana, estava namorando e hoje não está mais. E, se ainda está - surpresa - é porque está com outra pessoa.

É aí que entra a grande incoerência disso tudo. Namora-se o próximo pra esquecer o antigo, namora-se o antigo pra esquecer o que já virou museu. Entramos num paradoxo e acreditamos, de forma veemente, que estamos vivendo a vida a mil, que estamos sendo diferente e que nós mesmos é que damos rumos às nossas vidas. No que nos enganamos. O próximo só está ali e só te encontrou porque procura pela mesma coisa que você: quer esquecer da, ou do, que veio antes de você. Só estamos sendo vítimas de algo que nós mesmos criamos. Não se vive, apenas se é vivo. Aliás, essa história de ser vivo ainda dará muito pano prá manga por aqui.

PS: eu procurando uma namorada.
PS1: mentira.