terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Teoria do Ano (e só) Novo

Reveillon. É um saco. Essa maldita idéia de dividir a vida em três partes de 365 dias para 1 de 366 é digna de matar a paulada o desgraçado que a inventou. Graças a isso, as pessoas levam vidas iguais. Vivem janeiro na esperança, o resto dos meses trabalhando, ralando, cuidando de filhos, trabalhando, não tendo tempo pra nada. Estão sempre ali, no centro da cidade, passando pelas outras com ar de indiferença. E, quando chega mais ou menos em outubro, já quer outro ano, fica com aquela sensação idiota de estar cansado. Chega dezembro. Tá todo mundo reclamando do outro nas estradas. Aí escolhe sempre o mesmo dia pra pular ondas, estourar champagne ou qualquer caralho e se sente renovado. Puta babaquice. A merda continua.
Se a vida não fosse divida nessas sensações que os meses trazem, talvez inventaríamos nossas sensações. Uma para cada. Criada por cada um. Talvez até mudaríamos a sentido da palavra vida nos dicionários.